Quando
a Maria me convidou para isto, aceitei imediatamente, primeiro porque
sempre quis acampar, e nunca tivera oportunidade de o fazer, em segundo
porque estaria lá a minha namorada, com quem nunca tive oportunidade de
estar tanto tempo, e em terceiro porque era uma atividade religiosa, que
me permitiria ter um contacto mais próximo de Deus como nunca tive
oportunidade de experimentar. Assim, sendo algo tão oportuno, não tinha
grande alternativa senão aceitar. E lá fui.
O
Acampaki não esteve abaixo das espectativas. Ainda que eu não soubesse
com que contar, esperava no mínimo estar bons tempos com boa gente e
divertir-me com o que o Carmo tivesse ali para oferecer. Foi muito mais
que isso. Logo do início percebi que ali era diferente. Se não fosse
pelo facto de ter uma piscina a céu aberto com uma vista magnífica, ou
haver um guião que anunciava uma vida de oração mais intensiva do que
esperava, a hospitalidade instantânea com que me receberam todos os meus
colegas acampakianos e a naturalidade com que se faziam certas coisas
que no mundo exterior seriam vistas como absurdas provava que a vivência
naquele acampamento ia mudar-me. E assim foi.
Desde
o “Amigo secreto” até aos saraus, o acampaki tinha tudo para fornecer
um ambiente de forte e agradável convivência entre os participantes.
Atividades que exigiam poucos meios, mas grande imaginação e esforço, os
quais creio terem vindo principalmente das magníficas coordenadoras, a
Ana e a João, e do singular Frei João.
Mas
a parte religiosa também não podia ser descorada, e não foi. Desde as
orações até à hora do silêncio, com uma importante escala pelas
confissões, nunca me senti chamado à missão cristã como na Quinta do
Menino Jesus de Praga. Uma vez mais, calorosos parabéns a quem tenha
tido a energia de organizar tais eventos.
Assim,
não hesito em dizer, o Acampaki foi uma experiência que mudou a minha
vida como nenhuma outra, e se hoje uso o meu escapulário carmelita
enquanto escrevo isto, é porque fiquei verdadeiramente tocado por uma
experiência à qual poucos se atrevem a ir, mas onde não falta boa
disposição, trabalho e religião. Parabéns a todos os meus colegas
acampakianos, às coordenadoras, ao Frei João e à Maria, sem a qual não
teria usufruído de tal experiência.
Dum entusiasmado acampakiano
João Sequeira
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