domingo, 30 de dezembro de 2012

EVANGELHO Lc 2, 41-52
Jesus é encontrado por seus pais no meio dos doutores

 

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Natal de 25 de Dezembro de 1914


A Europa ardia mergulhada na 1ª Guerra Mundial. Nas trincheiras enlameadas, os soldados franceses e ingleses tentavam celebrar o nascimento de um Deus que parecia ausente no meio de toda aquela violência. As constantes explosões das bombas tinham cessado, pois ninguém estava com vontade de matar naquele dia tão especial. Contudo, a fome e o frio agonizante não deixavam nenhum soldado em paz, e sem luzes nem música nem parecia Natal.

A tiritar de frio, um cabo francês espreitou para a trincheira inimiga, daqueles tão odiados alemães, procurando qualquer movimento suspeito do inimigo. Com grande espanto, viu luzes a brilhar no horizonte negro, como estrelas no céu. Levantou-se um pouco mais e reparou que as luzes se distribuíam por toda a linha inimiga. Pegou nos binóculos e percebeu o que eram: árvores de Natal. Dezenas, talvez centenas de árvores de Natal!

Chamou o seu oficial superior, que também olhou com admiração para os belos enfeites alemães, lá longe, como se a alegria fosse exclusiva para o inimigo. Sabiam que a trincheira alemã tinha melhores condições, comida e calor suficientes para passar aquele duro Inverno sem privações. O oficial olhou para trás, para os seus homens amontoados entre si, com olhares tristes e aspecto miserável. Nesse momento, os seus ouvidos captaram uma melodia conhecida, que também vinha do lado alemão. Eram cânticos de Natal...

Os alemães celebravam alegres o nascimento do Salvador. O oficial reflectia se não teriam os alemães comida suficiente para os franceses e ingleses não terem de passar fome naquele dia tão especial, mas depressa concluiu que nunca iriam os da outra trincheira ceder-lhes sequer uma côdea de pão. De repente, ouviu um dos seus soldados a cantar na sua língua em conjunto com a música alemã, e o que começou como um tímido cantarolar propagou-se por toda a trincheira. Em pouco tempo, todos cantavam com os alemães.
Da trincheira alemã um grito suou: Fröhlich weihnachten! Um dos soldados franceses reconheceu aquelas palavras: Feliz Natal! Entusiasmados, alguns soldados repetiram a saudação, uns em alemão, outros na sua língua materna. Logo em seguida, outras palavras alemãs chegaram, que traduzidas revelavam uma oferta dos inimigos: juntarem-se na Terra de Ninguém e celebrarem juntos o dia de Cristo. Alguns soldados ficaram entusiasmados, outros receosos, mas nenhum conseguiu ficar indiferente à proposta.

Após alguma discussão, o oficial deu ordem para se mandar um batedor, que lá subiu o fosso até à esburacada (por causa das bombas) Terra de Ninguém. Um grupo de alemães já o esperava, no meio daquele temível pedaço de terra, onde os corpos de centenas de homens dos dois lados do conflito jaziam mortos, alguns de há poucos dias, outros já ali estariam há meses. O francês aproximou-se e recebeu as prendas dos alemães com alegria, percebendo a importância daquele gesto. Chamou os colegas, que saíram aliviados e alegres do buraco onde se outrora se protegeram. Os alemães também chamaram o resto da trincheira, que veio ao encontro daqueles que há poucas horas tentavam aniquilar.
Franceses e ingleses pouco tinham a oferecer, além de fome, frio e paz. Os alemães partilharam o que tinham para partilhar, e juntos com os seus inimigos viveram uma verdadeira ceia de Natal. Não só soldados, mas até oficiais abraçavam aqueles a quem outrora apontavam as armas. Um dos ingleses trouxe uma bola e uma ideia: levar o festejo ainda mais longe e jogar uma partida de futebol. O campo foi alisado, e balizas montadas com espingardas e canos de artilharia. O jogo ficou 3-2, com a vitória dos germânicos.

Afinal, Deus não abandonara a Europa. Ele esperou até chegar o aniversário do Seu filho para revelar aos homens a verdade: as pessoas da Europa não queriam aquela guerra, apenas os líderes se queriam matar uns aos outros. Feliz, o oficial francês percebeu o quão próximo estava o fim da violência. Porque no meio dos corpos dos seus colegas tombados, os soldados conseguiram cumprimentar quem os matou. Porque no meio de tanta desumanidade, eles conseguiram produzir o maior gesto de humanidade possível. Porque naquele dia de 25 de Dezembro de 1914, no meio da maior guerra de sempre, franceses, ingleses e alemães encontraram-se, não como vizinhos hostis, mas como irmãos.

A Gotinha João Sequeira

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Hoje ainda é Natal, sabias?


- Sentinela, o que há da noite?
O que há da crise?

- De onde perguntas?
Perguntas desde a fome
ou desde o consumismo?
O grito dos pobres
sacode tuas perguntas?

Pastores marginais
cantam a Boa Nova,
com flautas e silêncios,
contra os grandes meios,
os meios dos grandes.

Nasceu-nos um Menino,
um Deus nos foi dado.
É para nascer de novo,
desnudos como o Menino,
descalços de cobiça,
de medo e de poder,
sobre a terra vermelha.

É para nascer de novo
abertos ao Mistério,
ungidos de Esperança.

Pedro Casaldáliga

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

É Natal

A equipa de coordenação do Carmo Jovem deseja a todas as Gotinhas e às suas famílias um Santo e Feliz Natal e que o novo ano traga um renovar da confiança necessária para fazermos Carminho.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Rosas de Inverno


Corolas, que floristes
Ao sol do Inverno, avaro,
Tão
glácido e tão claro
Por estas manhãs tristes.

Gloriosa floração,
Surdida, por engano,
No agonizar do ano,
Tão fora da estação!

Sorrindo-vos amigas,
Nos ásperos caminhos,
Aos olhos dos velhinhos,
Às almas das mendigas!

Desse Natal de inválidos
Transmito-vos a bênção,
Com que vos recompensam
Os seus sorrisos pálidos.

Camilo Pessanha

Natal chique


 
Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

Vitorino Nemésio

Noite de Natal




Em a noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.

Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.

Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.
– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.

Mário de Sá-Carneiro

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ó sino da minha aldeia



Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soa-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa

É Natal


Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
 
Fernando Pessoa

Chove. É dia de Natal



Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés. 

Fernando Pessoa

Faltam 4 dias!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Prelúdio de Natal



Tudo principiava
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas

Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas

a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas

A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas

David Mourão-Ferreira

Natal


Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.

Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me trespassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presente o nascimento.

Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.

Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Natal à beira-rio



É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

  
David Mourão-Ferreira

Falavam-me de Amor

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.

Natália Correia

Já só faltam 5 dias!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

História Antiga


Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação. 
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
 
Miguel Torga

Para as Gotinhas mais pequeninas

Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.

Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.

Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.

Os reis de longe trazem
Tesouros,incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.
             Luísa Ducla Soares

Figuras do Advento

  João Baptista


 João Baptista é, de acordo com a interpretação cristã, o precursor de Jesus. O nome «Baptista» deriva da sua actividade profética, pois baptizava no rio Jordão todos os que se mostravam dispostos a converter-
-se a Deus. João interveio publicamente antes de Jesus, anunciando a vinda iminente do Messias. João convidou as pessoas do seu tempo a arrependerem-se dos seus pecados e a mudarem de vida, denunciando a hipocrisia que orientava a vida de determinados grupos sociais. A sua atitude frontal e desassombrada
fez com que fosse preso e decapitado por ordem do rei.

Figuras do Advento

S. José


José, pai adoptivo de Jesus, é também uma figura central do Advento. Era descendente da casa de David e, como Maria, sua mulher, também aceitou a missão que lhe foi confiada. Nos evangelhos, à semelhança
do que acontece com Maria, vem narrada a anunciação do anjo Gabriel a José, através de um sonho, com o fim de o tranquilizar quanto à gravidez inesperada da sua mulher. Assim, José participa activamente na
preparação da vinda do Messias: é ele quem atribui o nome ao menino e é ele também quem assume a responsabilidade da paternidade de Jesus. Com o seu trabalho de carpinteiro alimentava a sua família. Tal como os outros pais, cabia-lhe a protecção dos restantes membros da comunidade familiar e a participação na educação do filho.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Figuras do Advento

A Virgem Maria


 A visitação

Maria, mãe de Jesus, é a figura proeminente do Advento.
No anúncio do anjo Gabriel a Maria e na visita que esta fez a Isabel, sua prima, encontramos as primeiras manifestações de esperança perante a vinda do Messias. A oração «ave-maria» é composta pela saudação do Arcanjo Gabriel a Maria — «Salve, cheia de graça, o Senhor está contigo» —, e pela saudação de Isabel, mãe de João Baptista, à sua prima Maria, quando esta a visitou, estando ambas grávidas — «bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre». Neste encontro, de acordo com a narrativa dos evangelhos, acontece a primeira manifestação de Jesus. João, ainda no ventre da sua mãe, sentiu a presença do Messias e saltou de alegria. Isabel, sentindo a manifestação do seu filho, saúda Maria.

 
 Nossa Senhora do Parto, por Piero della Francesca

«Nossa Senhora do Ó» é uma representação e uma festa de Maria, a mãe de Jesus, que teve lugar em Toledo (Espanha), no momento em que se estipulou que a festa da Anunciação do anjo a Maria seria transferida para o dia 18 de Dezembro. Mais tarde foi determinado que esta festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. A designação «N. Sª. do Ó» está relacionada com o facto de, nas vésperas (oração da tarde), as antífonas iniciarem com a exclamação «Ó».
A «Senhora do Ó» representa, pois, a gravidez de Maria. O Padre António Vieira proferiu um sermão a «Nossa Senhora do Ó», pregado no terceiro Domingo do Advento. A concepção de Jesus no seio de Maria é o tema principal. António Vieira escreveu sobre o espanto que se sente perante a mulher que transportou dentro de si o Filho de Deus feito homem. Neste sermão, Vieira refere que Maria não era uma mulher igual às outras. Acrescenta ainda que no ventre de Maria se encontrou o temporal com o eterno, porque nele habitou o menino Jesus.

Os cristãos têm uma especial devoção a Maria, mãe de Jesus, desde os primeiros séculos do Cristianismo. O culto a Maria surge na liturgia, em representações iconográficas, na literatura, na escultura e na pintura.
As primeiras representações iconográficas de Maria encontram-se já nas catacumbas romanas, datando do século II.

As comunidades cristãs primitivas viram em Maria o exemplo a seguir e a representação da Igreja de Cristo. Esta devoção assume grande importância nas festas do calendário litúrgico, nos hinos e nas orações. Na liturgia, estabeleceu-se a devoção mariana dos primeiros sábados de cada mês, orações como a ave-maria, a devoção do Rosário, as ladainhas e a oração do Angelus.

  Pormenor de A Coroação da Virgem

A devoção a Maria inspirou a fundação de muitas ordens, congregações e confrarias religiosas consagradas a Nossa Senhora sob diversas invocações.
A Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo é uma das mais antigas ordens de culto mariano, associada ao profeta Elias do Antigo Testamento. Os primeiros eremitas habitavam o Monte Carmelo, na Palestina.

Monte Carmelo

 Virgem e o seu menino

Na doutrina da Igreja, existem três dogmas associados a Maria. O mais antigo é o dogma que afirma que Maria, a mãe de Jesus, é Mãe de Deus, «Theotokos», porque Jesus é Filho de Deus. Este dogma foi proclamado no Concílio de Éfeso, no ano 431. Esta é uma importante manifestação de fé da qual existem diversas referências, desde os primeiros tempos do Cristianismo, na arte, nas orações, na música e na literatura.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria exprime a crença segundo a qual Maria nasceu livre de pecado para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. Este dogma foi definido pelo Papa Pio IX, no dia 8 de Dezembro de 1854.

Assunção da Virgem

No dogma da Assunção de Maria, a Igreja afirma que, depois da sua morte, Maria foi levada para o céu em corpo e alma (Assunção). Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, a 1 de Novembro de 1950.
Maria é venerada não apenas pela Igreja Católica, mas também pela Igreja Ortodoxa e pela Igreja Anglicana.
Virgem Maria

A devoção mariana ocupou um espaço muito importante na fé e na religiosidade da população em Portugal, desde a origem da nacionalidade.Esta devoção manifestou-se através das diferentes invocações marianas,
nos topónimos, nas hierofonias e na antroponímia. Sob a invocação de Maria, foram fundados vários hospitais, orfanatos, casas de recolhimento de doentes e idosos.

Imaculada Conceição

Após 1645-46, D. João IV decidiu, nas cortes de Lisboa, que Nossa Senhora da Imaculada Conceição seria Padroeira do Reino de Portugal. Assim, o rei decretou que todas as vilas e cidades deveriam exibir, à
entrada das povoações, o padrão da sua consagração à Imaculada Conceição. A decisão procurava o apoio da Santa Sé para a causa da independência de Portugal, tendo o Papa Clemente X confirmado a escolha, em Maio de 1671. Foram igualmente construídas grandes catedrais, igrejas e capelas dedicadas a Nossa Senhora.









A Gotinha lembra

Jesus, o Messias prometido

Apresentação de Jesus no Templo

Os textos bíblicos registam a confiança permanente do povo de Israel no seu Deus. Um Deus que nunca os abandonou e que eles sentem que está próximo. Por esse motivo esperam, mesmo nas maiores tribulações,
que Deus se manifeste. Esperam um novo tempo de libertação da dor e da opressão. Um tempo de liberdade e de justiça trazida pelo poder de Deus, através do seu enviado, ao povo de Israel, o povo eleito.

O livro de Isaías terá sido o mais estudado, meditado e «cristianizado». É o livro da Bíblia com maior número de capítulos (66), sendo uma referência para a Igreja cristã primitiva. As comunidades cristãs primitivas leram e interpretaram as palavras de Isaías, compreendendo-as à luz da vida de Jesus. No livro de Isaías, profetiza-se a vinda de um Messias e de um reino messiânico, repleto de esperança. O evangelho de Mateus, que relata a vida de Jesus desde os acontecimentos relacionados com a sua infância até à sua morte, assume que as profecias de Isaías se cumpriram em Jesus.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Para as Gotinhas mais pequeninas

Toca a preparar esta surdina de Natal: 
 Ó David! Ó Inês!
Vamos ver o Menino
inda mais pequenino
que vocês!
 
Vamos vê-lo tapado
sob o céu do futuro
com a sombra de um muro

a seu lado.

Vamos vê-lo nós três
novamente a nascer
Vamos ver se vai ser
desta vez.

David Mourão-Ferreira, 101 Poetas