terça-feira, 30 de abril de 2013

Jesus é o Caminho!


Recordando I Carmicoque






João 14, 27-31a

Não se perturbe nem intimide o vosso coração.

Sem medo. Tranquilidade.
Estamos nas mãos de Deus.
De um Deus que está perto de nós.
Que não nos desampara.
Por isso, haja o que houver, vivemos em paz e
serenidade.


Passam os dias e as noites.
As marés sobem e descem.
Mudam-se as vontades
e esmorecem os projectos.
Hesitam os amores
e os pés receiam o caminho por andar.
Mas em Ti, Senhor Deus da paz,
não tenho medo.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Recordando I Carmicoque









O Carmo jovem está a preparar o III Carmicoque



1 de Junho de 2013
Convento do Carmo
Viana do Castelo



João 14, 21-26

Eu e o Pai viremos e faremos nele a nossa morada.

Acreditar em Deus é muito mais do que concordar
com a noção que Deus existe.
É abrir-se a uma experiência de intimidade e partilha
com um Deus que é comunhão e que quer
comunhão connosco.


Vem, Senhor Deus.
Abro-Te as portas da minha vida
para que faças dela a tua casa.
Vem e ensina-me a viver de amor.
Vem e renova-me.
Vem e envia-me.


domingo, 28 de abril de 2013


João 13, 31-33a.34-35

Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros.

Poucas horas antes de morrer,
Jesus fala do essencial: do Amor.
E fala sem floreados. Com clareza.
Apontando uma medida concreta para o amor.
Como Ele amou.
Entregando-se.
Totalmente.


Ensina-me a amar como Tu.
Se Tu estiveres mais na minha vida,
será mais fácil ser paciente e compreensivo,
aprenderei a deixar de lado
rancores e ressentimentos,
terei mais gosto em ver o lado bom das pessoas,
serei mais criativo nos meus gestos de ternura.



sábado, 27 de abril de 2013

João 14, 7-14

Senhor mostra-nos o Pai e isso nos basta.

Tantas ideias sobre Deus!
Tantas opiniões, tantas dúvidas.
Basta-nos olhar para Jesus e vemos, 
finalmente,
quem é Deus.
Na pessoa de Jesus de Nazaré,
nas suas palavras luminosas,
nos seus gestos plenos de amor,
está a revelação perfeita do Deus em quem acreditamos.




Num Deus assim, vale a pena acreditar!
Num Deus que está ao nosso lado.

Num Deus que faz crescer e ser mais.
Num Deus maior que a morte,
o pecado e o nosso egoísmo.
Neste Deus em que posso confiar,
quero acreditar.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

João 14, 1-6

Não se perturbe o vosso coração.

Quando confiamos em Deus,
é inútil ter medo e andar preocupado.
Todo o medo foi vencido pela luz da Páscoa.
Se até a morte foi vencida pelo poder
e pelo amor de Deus,
haverá ainda alguma coisa 
capaz de perturbar o nosso coração?


Nada te perturbe, nada te espante.
Tudo passa, Deus não muda.
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem, nada lhe falta:
só Deus basta.
(Santa Teresa de Ávila)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Recordando I Carmicoque (Junho 2011)





Papa Francisco exortou hoje os jovens a não ter medo de usar os talentos que Deus lhes deu e a sonhar em grande.

Durante a tradicional audiência-geral das quartas-feiras o Papa dirigiu esta mensagem especial aos jovens e pediu-lhes também que sejam pessoas de espírito generosos. “A vida não é nossa para preservar, mas para servir, para dar aos outros”, afirmou.

Os recados vieram no contexto de uma catequese sobre a perspectiva cristã do juízo final. Esta realidade não deve ser algo assustador; “O juízo final não nos deve assustar, deve-nos motivar a agir para reconhecer e servir Jesus nos pobres”, disse o Papa.

Segundo Francisco: “Somos salvos pela graça. Seremos julgados pelos nossos actos de caridade, o nosso amor pelos outros, especialmente pelos pobres”, concluiu.

No fim dos tempos, insistiu o Papa, os fiéis devem esperar um encontro com Jesus “com fé, esperança e amor, bondade, beleza e verdade”.
©RR

Marcos 16, 15-20

Quem acreditar e for baptizado será salvo...

A fé não é um prémio dado às pessoas boas, 
ou poderosas, ou dotadas...
A única coisa certa é que quem tem fé, quem confia
a sua vida ao amor poderoso e criativo de Deus,
será salvo.
Viver de fé é abrir a vida ao dom de Deus que nos faz ser mais.


Obrigado por me dares a tua salvação.
Desde que comecei a dar-Te espaço
na minha vida,
enfrento os problemas com outra coragem,
vejo os defeitos, meus e dos outros,
com mais paciência,
tomo a iniciativa de refazer as pontes...
Tu fazes-me bem, Senhor Deus!


quarta-feira, 24 de abril de 2013

João 12, 44-50

Eu vim ao mundo como luz...

Ter fé é olhar para o mundo que nos rodeia
com olhos novos.
E, com os nossos gestos, inundá-lo
com a luz que nos vem de Deus.


Senhor, luz do mundo,
Tu morreste e ressuscitaste
para me libertar das trevas.
Abre o meu coração
e a minha vida à tua luz.
Afasta a escuridão
e faz brilhar o teu amor em mim.


terça-feira, 23 de abril de 2013



João 10, 22-30

As obras que Eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de Mim.

Como fazer para acreditar no Deus anunciado por Jesus?
Provas matemáticas, não há.
Os gestos de Jesus, o seu amor imenso tornado 
palpável em perdão, cura, libertação é que mostram
a verdade da nossa fé.


Abre os meus olhos
para eu ver as tuas mãos que curam,
para ver as tuas palavras
tornarem-se em vida nova
no quotidiano de tanta gente,
para ver o teu perdão
a gerar vida nova.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

João 10, 1-10

O porteiro chama cada uma das ovelhas pelo seu nome.

Nesta experiência da fé, de intimidade com Deus,
está cada um com o seu nome.
Não estamos como massa anónima.
A cada um, Deus convida pelo seu nome,
no respeito pela nossa individualidade,
pela nossa história.


Obrigado, Senhor Jesus.
Tu me chamas ao bem e à felicidade.
Tu estás disponível a uma relação
de intimidade e ternura comigo.
Tu és o bom e belo pastor
que me protege e acompanha.


domingo, 21 de abril de 2013


Jovens, aproximemo-nos do Bom Pastor,

círio aceso, Luz que nunca se apaga.

"Jovens lembrai-vos:
A vida é para arriscar por um grande ideal.
Sede valentes e perguntai a Jesus o que quer de vós!"

Papa Francisco

João 10, 27-30

As minhas ovelhas escutam a minha voz.

Ser cristão é questão de fé e não de ter cartão de sócio.
Confiamos em Jesus e naquilo que Ele nos diz.
Deixamo-nos conduzir por Ele porque sabemos
que, na sua companhia, estamos bem.


Aqui estou, Senhor,
para Te ouvir,
para Te seguir.
Com liberdade e responsabilidade,
de forma adulta.
Sabendo que escutar-Te
me abre a vida à plenitude.


sábado, 20 de abril de 2013

João 6, 60-69

Também vós quereis ir embora?

A pergunta é para ti, para nós hoje.
Quando chegam as dificuldades da fé, que vais fazer?
Queres desistir, deixar Jesus de lado?
Talvez possas responder como Pedro:
"A quem iremos? Onde, longe de Ti encontraremos razões sólidas para a esperança e a alegria?"


Senhor,
quando caminhar conTigo se faz pesado,
quando custa pôr as tuas palavras em prática,
quando é forte a tentação de Te deixar de lado...
ensina-me a não ter medo de Ti
nem das tuas palavras.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

João 6, 52-59

Como Eu vivo pelo Pai, aquele que Me come viverá por Mim.

Podemos estar na missa em modo automático: deixar
que a Palavra entre por um ouvido e saia pelo outro,
rezar o pai-nosso distraidamente e colocar-se na fila
para receber a hóstia com descontracção.
E passa-nos ao lado que a Eucaristia é uma tremenda
experiência de amor e comunhão entre Deus e nós.
De uma tal densidade de amor que o pão deixa de o ser
para ser Cristo.
E nós deixamos de ser o homem velho para sermos,
também nós, Corpo de Cristo.


Tenho fome de Ti.
Só Tu sacias a minha fome de infinito.
Só em Ti aprendo a partilhar com os outros.
Só em Ti está a alegria de começar
cada novo dia,
a ternura de viver acompanhado,
a emoção de a todos dar amor.
Só em Ti.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

João 6, 44-51

Quem comer deste pão viverá para sempre.

Durante anos, seduzidos pela publicidade,
julgamo-nos sofisticados:
do que precisavamos era de spas, de telemóveis de
última geração, de comprimidos para espantar
a tristeza...
Esta crise mostrou que para muitos de nós
ter comida no prato continua a ser uma
prioridade.
Mas pode ser fonte de conforto saber
que mesmo faltando o essencial à
nossa dignidade, a presença
enérgica e transformadora de Deus
não nos falta.


Senhor, ajuda-me a reconhecer
que o Pão que nos dás na Eucaristia,
o teu corpo oferecido
é o alimento de que preciso
para uma vida abundante,
plena de sentido e esperança.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

João 6, 35-40

Que todo aquele que vê o Filho e acredita n'Ele tenha a vida eterna.

Acreditar em Jesus, 
apostar numa relação forte com Ele,
não é questão de tradição ou hábito social.
É optar por um estilo de vida "perigoso"...
mas que pode devolver à vida todos os sonhos.


ConTigo, Senhor,
cada instante é especial.
Nas pequenas e grandes coisas
de casa dia
há um sabor novo e belo
que só o teu amor nos traz.


terça-feira, 16 de abril de 2013

João 6, 30-35

Quem vem a Mim nunca mais terá fome...

É tudo tão frágil.
Estragam-se os telemóveis e as relações.
Degradam-se as casas e a roupa passa de moda.
Vem Jesus dizer que a relação com Ele dura para sempre e resiste a tudo.
Será?

Quero ir conTigo, Senhor.
Deixar-me guiar
pela tua Palavra.
Alimentar-me do teu Pão.
E a minha fé, frágil e hesitante,
será em mim fonte de vida nova.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

João 6, 22-29

Trabalhai não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna.

Somos gente carente! Andamos sempre à procura
de saciar as nossas necessidades e os nossos desejos.
Somos assim.
Mas esta tendência pode crescer até nos
fecharmos nos nossos desejos e "usar"
Deus apenas na medida em que ELE resolve os nossos problemas.
E Deus torna-Se em mais um objecto de consumo.


Senhor Deus,
ajuda-me a não esquecer
que é só de Ti que preciso;
que só Tu podes saciar
o meu desejo de felicidade.



Vamos rezar pelas VOCAÇÕES!


domingo, 14 de abril de 2013


Como os discípulos, junto do mar de Tiberíades, 

também nós continuamos à procura do Ressuscitado.

Não se pode anunciar o Evangelho sem o testemunho coerente da própria vida


Excertos da homilia que o papa Francisco proferiu este domingo na basílica de São Paulo Fora de Muros, em Roma, onde vincou que o anúncio da fé é inseparável de comportamentos coerentes com as convicções cristãs. «Será que somos capazes de levar a palavra de Deus ao ambiente em que vivemos? Sabemos como falar de Cristo, do que ele representa para nós, nas nossas famílias, entre as pessoas que fazem parte de nossa vida diária? A fé nasce da escuta, e é reforçada pela proclamação.» «A proclamação feita por Pedro e os Apóstolos não consiste simplesmente de palavras: a fidelidade a Cristo afeta inteiramente as suas vidas, que são alteradas e ficam com uma nova direção, e é através das suas vidas que dão testemunho da fé e da proclamação de Cristo.» «Não podemos alimentar o rebanho de Deus se não nos deixarmos levar pela vontade de Deus, mesmo quando preferimos não ir, a não ser que estejamos preparados para dar testemunho de Cristo com o dom de nós mesmos, sem reservas, não de forma calculista, às vezes mesmo com o custo de nossas vidas. Mas isto aplica-se a todos: todos nós temos que anunciar e testemunhar o Evangelho.» «Todos nós nos devemos perguntar: como é que eu dou testemunho de Cristo através da minha fé? Tenho a coragem de Pedro e dos outros Apóstolos para pensar, escolher e viver como cristão, obediente a Deus?» «O testemunho de fé acontece de maneiras muito diversas; assim como num grande fresco, há variedade de cores e tons, mas todos eles são importantes, mesmo aqueles que não se destacam. No grande plano de Deus cada detalhe é importante, até mesmo o vosso, até mesmo o meu humilde e pequeno testemunho, até mesmo o testemunho oculto daqueles que vivem a sua fé com simplicidade nas relações familiares quotidianas, relações de trabalho, amizades. São os santos de cada dia, os santos "escondidos", uma espécie de "classe média de santidade" à qual todos nós podemos pertencer.» «Mas em diferentes partes do mundo há também aqueles que sofrem, como Pedro e os Apóstolos, por conta do Evangelho; há aqueles que dão as suas vidas a fim de permanecerem fiéis a Cristo por meio de um testemunho marcado pelo derramamento de seu sangue. Recordemos todos: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho tangível da sua vida.» «A inconsistência por parte de pastores e dos fiéis entre o que dizem e o que fazem, entre a palavra e o modo de vida, está a minar a credibilidade da Igreja.» «Isto é importante para nós: viver uma intensa relação com Jesus, uma intimidade de diálogo e de vida, de tal forma a reconhecê-lo como "o Senhor", e adorá-lo.» «Vós, eu, adoramos o Senhor? Voltamo-nos para Deus apenas para pedir coisas, para lhe agradecer ou também nos voltamos para Ele para o adorar? O que significa, então, adorar a Deus? Significa aprender a estar com ele, significa que paramos de tentar dialogar com Ele, e significa sentir que a sua presença é o mais verdadeiro, o bem maior, o mais importante de tudo.» «Temos de nos esvaziar dos pequenos ou grandes ídolos que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais muitas vezes procuramos basear a nossa segurança. São ídolos que às vezes mantemos bem escondidos; podem ser ambição, o gosto pelo sucesso, colocarmo-nos no centro, a tendência para dominar os outros, a pretensão de sermos os únicos dominadores das nossas vidas, alguns pecados a que estamos ligados, e muitos outros.» «Adorar despoja-nos dos nossos ídolos, mesmo dos mais ocultos, e faz-nos escolher o Senhor como o centro, como a estrada das nossas vidas.»

Papa Francisco
Roma, 14.4.2013
© SNPC | 14.04.13


João 21, 1-19

Lançai as redes para a direita e encontrareis.

A vida vai andando, com os seus altos e baixos...
Mas o desejo de força para superar a dor, de um amor sem egoismos,
de empenho para procurar a verdade... continua insatisfeito.
Até que chega Jesus e aponta um caminho: lança as redes,
confiado na minha palavra... e encontrarás.


ConTigo, Senhor, a vida é outra coisa.
Lançamos as redes e encontramos.
Fazemo-nos ao caminho e Tu apontas um rumo.
Arriscamos amores verdadeiros e Tu nos amparas.
ConTigo, Senhor, a vida vale realmente a pena.


sábado, 13 de abril de 2013

A Bondade é o idioma que o surdo ouve e o cego vê!


O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura considera que a frase «a bondade é o idioma que o surdo ouve e o cego vê», do escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910), sintetiza o ambiente que se vive entre muitos católicos.
«Um mês passado da eleição do Papa Francisco, talvez essa frase, melhor do que outras, nos possibilite a compreensão da expectativa primaveril que percorre agora a Igreja, e vai até para além dela», escreve o padre José Tolentino Mendonça no mais recente editorial da Agência Ecclesia.
Ainda que o pontificado seja curto, o responsável está convicto de que os primeiros 30 dias marcam «um estilo» que tem causado «enorme entusiasmo».
«O estilo é o léxico da profecia. O estilo inspira. E o estilo do papa Francisco interpela tanto (e tantos) por ser isto: um despojado e paterno magistério da bondade. A bondade que é uma essencial gramática cristã e humana. Todos a entendem», sublinha.
No livro de entrevistas que vai ser lançado esta terça-feira em Portugal, o papa, então cardeal Jorge Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, dizia que é «fundamental o diálogo ético, mas de uma ética com bondade», acrescentando ter «pânico dos defensores de uma ética sem bondade», assinala o padre Tolentino Mendonça.
«Toca-nos muito que o sucessor de Pedro sinta que a forma evangélica de tocar o coração humano é a bondade», conclui o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.

Rui Jorge Martins
© SNPC | 13.04.13

João 6, 16-21

Sou EU. Não temais!

A noite está escura! A tempestade é forte.
E Jesus parece ausente.
E parece que tudo se afunda.
Apesar de toda a boa vontade, de todos os esforços...
as vagas parecem submergir-nos...
Mas Jesus vem e oferece uma alternativa ao medo.~
Sempre!


Tu conheces as confusões e as tempestades
em que navega a barca da minha vida.
Dá-me a certeza
que virás sempre ao meu encontro,
que caminharás ao meu lado.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

João 6, 1-15

Está aqui um rapazito com cinco pães de cevada e dois peixes.

Espantoso!
Jesus quer contar com a ajuda deste rapaz sem nome, que disponibiliza os seus cinco pães e dois peixes.
O nosso pouco, quando entregue às mãos de Deus, torna-se pão que alimenta uma multidão.


Senhor, Tu sabes transformar
a minha pequenez e pobreza
em riqueza e abundância para todos.
Dá-me a liberdade de colocar
a minha vida nas tuas mãos.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

João 3, 31-36

Quem acredita no Filho tem a vida eterna.

Acreditar... é uma trabalheira!
Mesmo quando superamos a tentação de tratar Deus como um objecto de análise científica.
Mesmo quando nos libertamos do preconceito social que nos obriga a calar a fé.
O que custa mais é aceitar o absurdo de um Deus que Se quis aproximar de nós até Se fazer um de nós.


Para Ti, meu Deus,
todo o meu louvor e agradecimento.
Porque ao acolheres a minha fé,
ainda que frágil,
dás à minha vida o sentido
e a alegria que me faltava.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

João 3, 16-21

Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho...

O Deus que acreditamos ama intensamente este mundo que criou.
E ama, sobretudo, a humanidade. Ama-te intensamente.
Fez-te capaz de conhecer e de amar. De dialogar com Ele.
De viver em amizade com Ele.
Fez-te capaz de partilhar com todos esse amor imenso que de Deus vem.


Obrigado, Pai bondoso!
No teu amor sem limites me deste Jesus
como companheiro e amigo.
Estende os meus braços para O abraçar.
Abre os meus ouvidos para O escutar.
Ilumina os meus olhos para O contemplar.


terça-feira, 9 de abril de 2013

João 3, 7b-15

Como pode ser isso?

Nicodemos é um homem culto.
Sabe muitas coisas.
Mas não consegue perceber como Deus é surpreendente.
Não entende que Deus tem um amor, grande e criativo, capaz de curar todas as nossas feridas, capaz de tornar reais os nossos mais profundos desejos.


Senhor
abre o meu coração
à tua novidade.
Ajuda-me a confiar
nos caminhos de vida nova
que Tu me ofereces.
Aumenta a minha fé.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A carminhada da Inês


Levemos o Carmo Jovem ao coração de outros jovens!

O dia começou cedo para 13 gotinhas gandaresas que, movidas pela fé e talvez por alguma saudade, se juntaram a todas as outras que com o mesmo propósito se reuniram no Convento de Avessadas.
Depois das apresentações feitas e de o cajado estar entregue, era hora de pôr pés ao carminho. Carminho esse que, apesar de um pouco mais curto do que aquele a que muitos estamos habituados, foi muito enriquecedor (como sempre é) e iluminado pelas sábias palavras de Sta. Teresa de Jesus.




A meu ver, é muito importante que estas carminhadas se realizem, assim como outras atividades, que fortalecem a fé dos que já carminham há algum tempo e cativam aqueles mais “desligados”, passando estes a ter uma visão diferente daquilo que é Deus e do que Ele quer de nós.
Assim, e guiados pelas palavras de Sta. Teresa quando nos diz que se torna mais fácil amarmos Aquele que nos faz bem, amemos a Deus, já que Ele tudo prepara para que possamos viver felizes. Sigamos ainda as “instruções” do nosso antigo Papa Bento XVI, e tentemos cativar outros jovens para que também eles possam viver em comunhão com Deus e no seu amor.

Abreijos carregadinhos de amizade e esperança de que continuem com o Carmo Jovem para a frente!

A gotinha Inês Eulálio (Moinhos da Gândara)


João 3, 1-8

Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

Nicodemos vem ter com Jesus de noite, às escondidas.
Jesus acolhe-o. Tem paciência com a hesitação da sua fé.
Mas diz-lhe claramente que se não mudar de perspectiva, de atitude, nunca experimentará a vida nova de uma fé plena.


Senhor, faz-me disponível para a mudança.
Ajuda-me a superar todos os hábitos, todas as memórias, que me impedem de renascer em Ti.


domingo, 7 de abril de 2013

A carminhada do Filipe



O Carminho entre Avessadas e Tongóbriga estava já programado há mais de um ano mas quis Deus que na primeira tentativa nos ficássemos pelo Santuário do Menino Jesus de Praga.
Apesar das dúvidas, das hesitações, os Jovens animaram-se (muitos pela primeira vez!) e a chuva ameaçadora deu uma trégua bem catita!
Cajado e Cruz à frente e colocamos os pés ao caminho. Esperava-nos uma subida por esses Montes e Ribeiras à procura do Amado!


Ok a minha subida era um pouquito mais simples pois a missão da “rosca” ou “carrinha vassoura” estava ao meu cuidado.
Felizmente tive a companhia simpática do Ricardo de Paços de Gaiolo, lesionado num pé, que me foi falando com entusiasmo dos seus projectos pessoais e da Encenação ao vivo da Via Sacra que ele e o Grupo Segue-Me haviam preparado!
Também caminhei um pouco, pois havia uma pequena parte do percurso que eu conhecia melhor. Por vezes as nuvens assustavam um pouco e as vozes sábias lá recomendavam para acelerar o passo. De volta ao volante e em confidencia com os “Caramezes” Ana e Pedro e com o Zé Filipe, íamos avaliando e pensando os passitos seguintes até que chegamos ao Monte das Lagoelas onde, com remix dos grupos, meditamos entre a Mensagem ao Jovens do Papa, agora emérito, Bento XVI e a simplicidade do (novo) Papa Francisco. Foram breves minutos de reflexão mas a mensagem passou. Cada grupo, à sua maneira, sentiu o apelo forte a sermos mensageiros da Boa Nova e a ser testemunhos vivos desse Jesus que nos retirou da nossa zona de conforto e nos reuniu nesse Sábado à Sua volta.
O meu almoço foi uma sandes a correr, pelo meio de alguns afazeres que se mostravam necessários... Para muitos dos rostos Amigos que estiveram presentes não tive mais tempo que para um simples Olá ou um Adeus e até breve! Mas é mesmo assim! Às vezes é preciso vivermos um pouco menos para que Ele viva mais em Nós e nos guie pelos seus Carminhos. Foi um dia a servir e a tentar acolher o melhor possível os Amigos do Carmo Jovem. 
A Eucaristia não podia ter sido melhor! Num local improvisado entre uma construção moderna e as ruínas romanas de Tongóbriga. Ora com umas gotas, ora com vento, ora com uns raios tímidos de sol. Entre duas edificações actualmente desabitadas, Ele habitou entre nós e fomos testemunhas da Sua entrega total e do Seu apelo ao Pai: “Perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!”
O eco da Mensagem de Bento XVI fez-se ouvir pelo Frei João. “Quem não dá Jesus, dá muito pouco” Este foi e é também o apelo a cada uma das gotinhas do Carmo Jovem. Que no seu dia a dia possam dar Jesus nos seus Grupos, aos Amigos, nas suas Paróquias...
Resta agradecer a presença simpática de todos e também em particular ao apoio generoso das Flores do Carmelo com os seus Cânticos, ao GPS pelas recordações “fofinhas”, ao Grupo Segue-Me pelos Ramos carinhosamente preparados, e ao Tony, o gentil mecânico que colocou em marcha o transporte do Grupo de Moinhos da Gândara!
Finalmente, à Coordenação um Bem-Haja pela sua determinação e vontade de que o Carmo Jovem dê um pouco mais de Jesus a cada uma das suas Gotinhas.

A gotinha Filipe Madureira


A carminhada do Frei Renato


E aconteceu no seu falar e debater [dos dois discípulos que caminhavam para uma aldeia, de nome Emaús], que o próprio Jesus se aproximou e caminhava com eles. Mas os seus olhos estavam controlados para que não o reconhecessem. Foi reconhecido por eles no partir do pão” (Lc 24, 15-16. 35)


Olá! Pediram-me para que escrevesse uma crónica acerca da Carminhada e imediatamente disse: vai demorar! E demorou mesmo! Mas, ainda bem que demorou! Primeiro, porque, só à distância, conseguimos ver melhor, não o pormenor, mas o conjunto, o todo, a mensagem, o sumo, o essencial. Depois, porque é diferente escrever antes de escrever depois de ler o Evangelho que a Igreja nos propõe hoje: o relato da caminhada dos discípulos de Emaús.
Primeiro, as diversidades. Foi a primeira coisa que me saltou à vista. Uns daqui, outros de acolá. “O que será que isto vai dar?”, dizia eu, inexperiente nestas coisas de Carmo Jovem, cá para mim. E eram muitos: Avessadas (GPS, Flores do Carmelo, 9º e 10º ano de Catequese), Paços de Gaiolo, Viana do Castelo, Moinhos da Gândara (e depois, também, Braga e Aveiro). E, para mim, a maioria desconhecidos. Lá entramos na casa do Menino, como gosto de chamar a este Santuário do Menino Jesus de Praga (ou de Avessadas!), e fiquei a conhecer o novo da diversidade: o Grupo GPS, as Flores, o Grupo Segue-me, etc… Mas logo essa diversidade se começou a tornar unidade quando foi preciso cantar, rezar, ler, meditar. Sim, É PRECISO! Porque a caminhada que tínhamos diante não era tanto até Tongobriga, era mais até ao interior de nós mesmos, onde colocamos os alicerces do edifício da vida. E, como diz Teresa, “a humildade é o alicerce do edifício” (V 22,11). E para chegarmos ao interior de nós mesmos e avaliar/colocar o alicerce da humildade é preciso a força, a coragem, a “determinada determinação” que só Cristo pode dar.
Guiados pela mulher do cajado, a “pastora” Cindy, e pelo senhor guitarrista, o Pedro, lá nos pusemos nós ao caminho. Até ao Castelinho. Logo ao início, fazem-se perguntas (do género: “pode-se falar ou isto é em silêncio?”), encurtam-se distâncias (dois dedos de conversa aqui e um empurrão ali nas meninas que vêm mais atrasadas) e lá se chega à primeira paragem. Foi a paragem do re(-)conhecimento: “É coisa muito sabida amarmos mais uma pessoa quando muito nos lembramos das boas obras que nos faz.” (Teresa de Jesus, V 10, 5). E, logo a seguir, uma carta de Jesus. Como diz um frade que conheço: tanta cousa! De facto, são tantas as boas obras que nos faz este Senhor! É este Senhor que entra pedagogicamente nas nossas vidas, não impondo-se mas derramando, das suas mãos cheias para o nosso dia-a-dia, acontecimentos e obras de tanta beleza e valor! Porque “a humildade é andar em verdade diante da própria Verdade” (Teresa de Jesus, 6 M 10,7), “a coisa” (como gosta de dizer o nosso Papa Francisco) ia a correr bem: desenhava-se diante de mim umas mãos abertas constantemente a dar.
E seguimos viagem! E seguíamos viagem à procura de uma pequena ponte, algures em Esmoriz. Mas… ãh?! Paramos junto de um grande poste. Bem, até eu comentei para o lado: se isto é uma pequena ponte… Mas só agora, à distância, é que se percebe bem: a ponte primeira e primordial só pode ser vertical: entre nós e Deus! Só depois dessa ponte, podemos construir pontes horizontais que tenham valor, proveito e sentido.
E isto leva-me à terceira paragem: nas primeiras pedras do complexo arqueológico de Tongobriga. Agora, à distância, se vê bem: pedras, número três (terceira paragem) só podia ser invocação do túmulo e da ressurreição, só podia ser o início de algo novo. E foi. Para mim, o novo, o sumo desta caminhada aconteceu aqui, quando li esta frase do nosso Papa Emérito Bento XVI na sua menagem para a JMJ2013: “Quem não dá Deus, dá muito pouco!”. Esta frase fez-me estremecer, mas guardei-a só para mim. Tinha que ruminá-la! Preferi partilhar outra frase: “A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho.” A “coisa”, sentia eu, estava no dom, na entrega, mas faltava acertar o alvo daquilo que Deus me queria dizer. E enquanto cá dentro isto se passava, (tenho-me andado a esquecer que isto é uma crónica!), cá fora cada grupo partilhava as “impressões mais impressionantes” da Mensagem de Bento XVI para a JMJ2013. Depois de umas homilias mais ou menos breves, de umas palavras de apresentação do Papa Francisco, lá partimos para Tongobriga.
E chegou a hora do farnel: um rissol para cá, uns pacotes de batatas fritas e snacks para lá, um bolo de chocolate para cima, uns sumos para baixo e, entretanto, (para além de chegarem os de Aveiro e de Braga) umas boas gargalhadas, acompanhadas de umas músicas, conversas mais ou menos sérias e profundas e uns toques na bola (e algumas boladas!). E assim se ficou até perto das 16 horas.
Chegou, então, o momento de celebrar a Eucaristia. Se a Eucaristia é, de si, o ponto alto de toda a nossa vida, naquele dia tão especial - o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, que o Beato JPII institui como Dia da Juventude -, mais especial se tornava pelo facto de estarmos, como jovens carmelitas, a juntar-nos a todos os jovens do mundo que, naquele dia, celebravam a alegria de ser jovem cristão. E foi aí, no partir do pão da Palavra e da Eucaristia, que se me abriram os olhos, tal como aos discípulos de Emaús. Quando o frei João, na sua homilia, ia a partilhar a frase que mais lhe tinha prendido a atenção, numa sintonia estranha, comecei a partilhar aquela frase primeira que tinha guardado e que tinha andado a remoer dentro de mim: “Quem não dá Deus, dá muito pouco!”. E então percebi qual era a sms de Deus para mim naquela carminhada: que o desse a Ele, e não apenas a mim, mesmo aos outros! Percebi que até posso partilhar o que sou, o que tenho, o que sonho, o que penso; mas mais rico e mais prioritário do que partilhar tudo isso é partilhar/dar, depois e juntamente com tudo isso, Deus. E foi então que olhei para a caminhada que tinha feito e vi: afinal tinha andado a dar aos outros um “pedacinho de Deus” nas conversas e brincadeiras, nas músicas e nos silêncios, nas piadas e na oração. Reconheci que Deus tinha andado por ali, como os discípulos concluíram que era o Senhor que Lhes tinha falado pelo caminho.


Pronto! E lá voltei eu para casa, depois de algumas carrinhas avariadas, com o alicerce da humildade-verdade solidificado: eu tenho qualidades e coisas para partilhar, é certo!, mas, se apenas me der a mim mesmo a quem comigo se encontra, terei dado pouco. Há aquele refrão: “Tu tens que dar um pouco mais do que tens!”. A mim, apetece-me dizer: Tu tens que dar muito mais do que tens; porque o que tu tens é pouco quando comparado com Deus. “Quem não dá Deus, dá pouco!”
Obrigado a todos os que trabalharam com afinco para que esta XXI carminhada, apesar de tudo se realizasse e decorresse como decorreu; principalmente à coordenação do Carmo jovem e ao GPS. E peço desculpa a quem tanto esperou por esta crónica tão desajeitada, mais crónica da viagem interior do que da exterior.

A gotinha Renato