Jana, a AcampaKi da História do Carmo Jovem!

A Jana esteve connosco! Claro! Nem outra coisa seria de pensar! O ano passado foi cozinheira, este ano esteve mais liberta das panelas mas sempre, sempre com o coração cheio de AMOR! A Janinha foi nossa professora e ensinou-nos o valor da palavra Amizade. Falou-nos com o coração sobre o seu imenso amor à Ordem, ao Carmo e ao Carmo Jovem, em particular. Contou-nos histórias do seu passado no movimento, dos seus momentos melhores e outros mais... mais assim/assim, como tudo na vida! Mas provou com um brilhozinho nos olhos que uma vez Carmo Jovem, sempre Carmo Jovem. Para sempre! A Jana é assim e nós queremos aprender com ela. Obrigado Jana pela tua presença na nossa vida.

A Coroa do Carmo Jovem

A Coroa do Carmo Jovem nasceu no VI Acampaki, porque os jovens carmelitas gostam de rezar e têm devoção a Nossa Senhora do Carmo. Rezam-se os Quatro Pai Nossos da Água, com alusão aos quatro graus de oração, ensinados por Santa Teresa de Jesus, nossa guia espiritual. E como nos sentimos parte integrante da História da Igreja, rezamos as Doze Avé Marias, com referência aos doze apóstolos e às doze tribos de Israel Deixamos-te um convite: reza connosco!

Quatro Pai Nossos da Água

1.Nossa Senhora da Água,

Ajuda os que rezam com muito esforço

Como quem tira a água do poço.

2. Nossa Senhora da Água,

Ajuda os que rezam com gosto

Como quem recebe a água fresca de uma nora.

3. Nossa Senhora da Água,

Ajuda os que rezam abundantemente,

Como quem rega o jardim,

Com uma levada de água.

4. Nossa Senhora da Água,

Cuida das vidas sempre frescas

Porque rezam sem esforço

Como a chuva que fecunda a terra.

12 Avé Marias

1. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todas as crianças,

Da maior à mais pequenina.

2 Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os jovens,

Do maior ao mais pequenino.

3 Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os irmãos carmelitas,

Do maior ao mais pequenino

4 Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todas as irmãs carmelitas,

Da maior à mais pequenina.

5. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os carmelitas seculares,

Do maior ao mais pequenino.

6. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os missionários,

Do maior ao mais pequenino.

7. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os jovens casais,

Do maior ao mais pequenino.

8. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todas as famílias,

Da maior à mais pequenina.

9. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os seminaristas,

Do maior ao mais pequenino.

10. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os cristãos,

Do maior ao mais pequenino.

11. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os nossos amigos,

Do maior ao mais pequenino

12. Nossa Senhora do Carmo, Mãe dos jovens

Mãe da nossa pequena Gotinha,

Abençoa todos os que não têm Fé,

Do maior ao mais pequenino.

Rita Santos, uma aventureira!

A Ana Rita Santos visitou o Acampaki e partilhou connosco as suas experiências por terras distantes. Professora de Educação física mas cansada do ritmo alucinante que vivia, a Rita decidiu deixar tudo para trás e partir à descoberta de si, dos outros e do mundo! Partiu para longe, muito longe! Viveu como foi possível mas viveu em grande! Em grande de emoções e de experiências! E partilhou connosco que é possível viver bem com pouco ou sem pensar muito no amanhã, superando cada dificuldade à medida que ela aparecia. Uma experiência radicar num mundo tão conformado! Obrigado Rita!

Paula Lima, uma AcampaKi determinada!

Com determinada determinação propus-me acampar pela, primeira vez, no VI Acampaki/2012 e foi aqui que conheci um pouco do modo de falar, de ser e amar de Santa. Teresa de Jesus. Sim, Santa Teresa de Jesus fez-me conhecer e sentir diferente neste intenso encontro.

Não me é ainda possível definir bem a experiência vivida neste encontro. Encontro com Deus, encontro com amigos, encontro com Sta. Teresa e encontro comigo, mas sei que tive a experiência de me emocionar com todos os que se tornaram amigos, sentindo-os de uma forma diferente. A Catarina, o Francisco, a Verónica, a Joana, a Jéssica, a Maria João, a Mariana, a Maria, o João, o Carlos, o Zé Filipe, o Zé Henrique, o Pedro, a Betinha, a Laura, a Sara, a Jana, as Caramujinhas, a Ana e o Frei João.

Neste Acampaki trazia algum medo e encontrei coragem, trazia desânimo e encontrei alegria, trazia dor e encontrei sentido, trazia dúvida e encontrei caminho, trazia curiosidade e encontrei verdade… Trazia-me e encontrei-me!

Estava um pouco perplexa com todos os acontecimentos do dia e da noite, de todas as atividades, os símbolos, as mensagens, toda a natureza, a oração, o espírito, ah, muito importante, estava admirada, mas feliz, com a pequenez do meu ser, em lugar tão belo e na presença de tão bons amigos, bons mensageiros/as e do forte espírito (cardume!) que nos uniu durante todo o encontro.

E o mais belo símbolo ou elemento que recordo e trago deste Acampaki, é, sem dúvida… a água! A água tal como a define Santa Teresa de Jesus, sobre os modos como se podem regar as plantas da virtude: a água do poço, a água da nora, a água da levada e a água da chuva de Deus.

Passados dez dias desta experiência e tendo voltado à rotina da vida, à família e ao trabalho, penso e questiono-me sobre o significado mais profundo deste Acampaki. Em cada dia que passa, no entanto, essa experiência vai-se revelando e deixo-me embalar pelas memórias, reflexões e sentimentos que me trouxe, redescobrindo os seus significados. Para já, posso ver-me com maior serenidade, sentindo-me sobretudo tocada pela confiança e a ternura de Teresa. Sei que esta experiência não irá bastar, não será suficiente, pois o caminho da cruz afigura-se longo.

No próximo ano lá estarei, no VII Acampaki, cuja o caminho e preparação já está em curso em conjunto com todos os acampakis amigos, no espírito cardume e na gotinha do Carmo que, tão alegremente, trago no coração. Gotinha esta que trago para regar, humildemente o coração de todos aqueles que Deus quiser.

Bem-haja todos os acampakis! Bem-haja os jovens Carmelitas! Bem-haja o nosso Carminho!

A visita do Provincial, Frei Joaquim Teixeira

Recebemos o nosso provincial que muito nos animou com as suas palavras, destacando a importância da presença activa dos jovens  no Carmo.

A visita da Família Tato ao AcampaKi

As famílias grandes tendem a atrasar-se. Exatamente porque são grandes, sendo preciso acomodar o esqueleto e o vestir de muitos. Os Tato não são diferentes. E que lá grandes eles são, são. Grandes em número e coração.

E os Acampakis esperavam-nos na Universidade, pela manhã do 5º dia de acampamento. Nos entretantos, o Frei João e a jovem Matilde fizeram uma aula de ginástica. Aquilo era ginástica, certo? Pelo menos era o que parecia.

E nisto ouviu-se um ruído de carro, lento, que descia embalado pelo Menino Jesus. É assim que Ele recebe os que o visitam. E o carro estacionou junto à Universidade e começaram a sair dele a Família Tato: o Pai Paulo, a Mãe Helena e os Rebentos Raquel, Luísa e Miguel. Uma linda Família que nos veio dar o seu testemunho. E que testemunho!

A cronista não sabe como contar, porque há realidades que são quase indescritíveis, sobretudo as de Deus. Como dizer… o Pai Paulo e a Mãe Helena são um casal como tantos outros, que se enamoraram jovens e se fizeram Homem e Mulher lado a lado. O Paulo nasceu em Moçambique, e como muitos outros, em 74 regressou a Portugal em condições sobejamente conhecidas. Em Matosinhos foi batizado e recebeu o sacramento da Eucaristia. Também aí, anos mais tarde, conheceu, namorou e casou com a Helena. A Helena é uma mulher bonita, por fora e por dentro. Só as pessoas bonitas falam das avós assim. Só quem tem um profundo sentido de Família percebe e vive o valor das avós.

Bem, este jovem casal, trabalhador e cheio de sonhos casou há 17 anos. O Paulo no seu percurso profissional longo e preenchido, buscou realização e sustento da sua Família. Há 14 anos nasceu o primeiro rebento, a Raquel. Até então, este casal era frequentador da Eucaristia de Domingo bem como da Equipa 2 de casais de Nossa Senhora, em Matosinhos. O nascimento da Raquel, primeira filha, baralhou as rotinas e as ventoinhas eucarísticas deste casal, e a frequência da Eucaristia de Domingo começou a falhar. Mas o Pai sempre coloca alguma luzinha no carminho e cada um, mais cedo ou mais tarde. No caso deste casal foi a sua equipa de casais. E assim seguiram, comprometidos e felizes. E veio a Luísa, segundo rebento, e, inesperadamente, a gravidez do terceiro rebento, Miguel, com apenas 3 meses de vida da Luísa. E a terceira gravidez dos Tato seguia tranquilamente, até que de forma precipitada e depois de um susto, a mesma gravidez se precipitou e o Miguel nasceu com apenas 25 semanas. Aqui dá-se uma verdadeira revolução nesta Família de Deus. Há decisões, passos, momentos duros e exigentes. Este foi um deles, uma jovem Família, a braços com um rebento extremamente prematuro e em risco de vida a viver meses a fio num hospital, com a roda da vida a girar sem parar, pois havia mais 2 rebentos para cuidar e vida na sua cedência infinita que empurra os rios para os mares e as estações do ano uma atrás da outra. O Miguel sobreviveu com a graça de Deus. Sim, é um menino especial, claro que é, mas é sobretudo um milagre da vida que alegra e anima esta Família.

E a cronista que viu e ouviu as palavras, os olhares e os gestos dos Tato, percebeu a grandeza de coração e a força do amor que os une, pais e filhos.

A vida seguiu para os Tato mais exigente, mais batalhada, mas seguiu. E cresceu também o comprometimento desta Família com a Igreja de Deus. A Helena é catequista. O Paulo avançou de leitor para Diácono permanente, recebendo este sacramento a 8 de Dezembro de 2011.

Escreve-vos quem viu e ouviu, mas sobretudo viu, a grandeza e o poder do Amor do Pai que se materializa nesta Família, que foi um bonito e inspirador exemplo de uma Família cristã ativa, onde se conjugam um casal trabalhador e empenhado na educação dos seu filhos, filhos dedicados e empenhados em serem Família, num contexto de entrega e serviço a esta Igreja a que pertencemos todos e onde todos devemos servir, tal como os Tato. Bem hajam! E obrigada pela visita. E regressem!