É o braço do abeto a
bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a
caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É
o Natal que passa,
A trazer-me da água a
infância ressurrecta.
Da casa onde nasci
via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais,
tão novos no passado!
E o Menino nascia a
bordo de um navio
Que ficava, no cais, à
noite iluminado...
Ó noite de Natal, que
travo a maresia!
Depois fui não sei quem
que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a
terra me envolvia
E quanto mais na terra
fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem,
agora conduzir-me
À beira desse cais onde
Jesus nascia...
Serei dos que afinal,
errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de
Mar, ou de Poesia?
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