A experiência do Kerit para mim
foi um misto de sensações, como em todos os momentos criados pelo carmo jovem.
Vim calma e tranquila mas muito curiosa (afinal foi o meu primeiro Kerit) e,
como retiro de silêncio e oração, remetia-me bastante à ideia de reflexão
individual e não com o espírito de partilha e convívio presenciado no primeiro
momento em que tive contacto com todos aqueles que participaram nesta
actividade.
Apesar de este ainda não ter
acabado (são duas horas e pouco da manhã de Domingo) levo comigo a amizade que
sempre está presente nestes momentos de partilha.
O que levo comigo para além da
amizade? Levo dúvidas, talvez mais do que aquelas que trouxe comigo quando cá
cheguei, mas isto será bom, pois como foi dito em modo de reflexão, o
verdadeiro retiro começa quando nos vamos embora, quando descemos daqui, deste
belo lugar e voltamos à zona de conforto.
Foi bom participar neste Kerit
pois permitiu-me, acima de tudo, enraizar mais a noção de que ELE está cá
sempre e que com a fé que temos, esse dom pode e deve ser sempre alimentado de
forma a nos tornarmos melhores nos momentos que exigem mais de nós, sejam elas
situações profissionais, familiares ou mesmo pessoais, nas nossas batalhas
diárias. Gostei particularmente do dia de sábado, de reflexão, onde o Frei João
esteve presente. Apesar da sua metodologia ou o sei jeito de falar nos
escaqueirar completamente, a verdade é que nos faz falta esta espécie de
desintegração interior, para podermos depois reagrupar cada pecinha e ao
pensar, nos tornarmos melhores do que éramos antes.
Um aspecto que me tocou
particularmente foi um facto referente à leitura do evangelho. Muito confuso…pouca
água no copo!!! Depois de duas leituras e de uma longa conversa, fica a síntese
de que Nicodemos foi o único (apesar do seu longo caminho até ao seu
renascimento), que não deixou Cristo sepultado de forma vulgar. Ao invés disso,
Nicodemos mandou uma vasta quantidade de resinas perfumadas para perfumar Jesus.
Com isto, a após mais reflexão, o Frei João ajudou-nos a entender que, o retiro
não é para nós, é antes para ELE. Ou seja, para nós nos tornarmos o perfume que
O vai perfumar.
O que levo mais para além das
dúvidas é esta bela mensagem, que não é nada mais, nada menos que o significado
do Kerit: só cá estamos para nos tornarmos o perfume de Deus. É para ELE que o
Kerit é feito e não para ser só um encontro de nós, connosco. É difícil e duro estar
cá mas compensa muito. Esta é a minha opinião!
A gotinha Jessica Bamba
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