domingo, 3 de março de 2013

O Kerit da Jessica



A experiência do Kerit para mim foi um misto de sensações, como em todos os momentos criados pelo carmo jovem. Vim calma e tranquila mas muito curiosa (afinal foi o meu primeiro Kerit) e, como retiro de silêncio e oração, remetia-me bastante à ideia de reflexão individual e não com o espírito de partilha e convívio presenciado no primeiro momento em que tive contacto com todos aqueles que participaram nesta actividade.


Apesar de este ainda não ter acabado (são duas horas e pouco da manhã de Domingo) levo comigo a amizade que sempre está presente nestes momentos de partilha.
O que levo comigo para além da amizade? Levo dúvidas, talvez mais do que aquelas que trouxe comigo quando cá cheguei, mas isto será bom, pois como foi dito em modo de reflexão, o verdadeiro retiro começa quando nos vamos embora, quando descemos daqui, deste belo lugar e voltamos à zona de conforto.
Foi bom participar neste Kerit pois permitiu-me, acima de tudo, enraizar mais a noção de que ELE está cá sempre e que com a fé que temos, esse dom pode e deve ser sempre alimentado de forma a nos tornarmos melhores nos momentos que exigem mais de nós, sejam elas situações profissionais, familiares ou mesmo pessoais, nas nossas batalhas diárias. Gostei particularmente do dia de sábado, de reflexão, onde o Frei João esteve presente. Apesar da sua metodologia ou o sei jeito de falar nos escaqueirar completamente, a verdade é que nos faz falta esta espécie de desintegração interior, para podermos depois reagrupar cada pecinha e ao pensar, nos tornarmos melhores do que éramos antes.
Um aspecto que me tocou particularmente foi um facto referente à leitura do evangelho. Muito confuso…pouca água no copo!!! Depois de duas leituras e de uma longa conversa, fica a síntese de que Nicodemos foi o único (apesar do seu longo caminho até ao seu renascimento), que não deixou Cristo sepultado de forma vulgar. Ao invés disso, Nicodemos mandou uma vasta quantidade de resinas perfumadas para perfumar Jesus. Com isto, a após mais reflexão, o Frei João ajudou-nos a entender que, o retiro não é para nós, é antes para ELE. Ou seja, para nós nos tornarmos o perfume que O vai perfumar.
O que levo mais para além das dúvidas é esta bela mensagem, que não é nada mais, nada menos que o significado do Kerit: só cá estamos para nos tornarmos o perfume de Deus. É para ELE que o Kerit é feito e não para ser só um encontro de nós, connosco. É difícil e duro estar cá mas compensa muito. Esta é a minha opinião!

A gotinha Jessica Bamba

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